Petistas questionam pauta em CPI que investiga trabalho do HC com jovens trans
Na segunda reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que quer investigar o trabalho realizado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP com jovens trans, …

Na segunda reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que quer investigar o trabalho realizado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP com jovens trans, realizada nesta terça-feira, 22/6, as deputadas Beth Sahão e Professora Bebel, do PT, fizeram questionamentos sobre a composição da pauta definida pelo presidente da CPI.
Beth Sahão foi interrompida diversas vezes pelo deputado Gil Diniz (PL), quando argumentava que a pauta não respeitou a ordem cronológica de apresentação dos requerimentos. O presidente da CPI, que foi também o proponente da investigação, demonstrou impaciência e afirmou que nas próximas reuniões não tratará a oposição com a mesma “delicadeza”.
Do total de 37 requerimentos que solicitam informações e a presença de convidados a falar à CPI, quatro foram aprovados. Com isso, as próximas reuniões da denominada CPI – Tratamento para Transição de Gênero em Crianças e Adolescentes no HC-São Paulo, devem receber o secretário de Saúde Eleuses Paiva, o coordenador do Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do Núcleo de Psicologia e Psiquiatria Forense do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP, Alexandre Saadeh, e a dirigente da Ong É minha Criança Trans, Thamirys Nunes.
Um dos requerimentos apresentados por Diniz e que recebeu pedido de vistas do deputado Guilherme Cortez (Psol), pedia cópia digitalizada dos prontuários médicos dos menores de idade em tratamento no ambulatório do HC-FMUSP, e relação, com nome completo dos pacientes e do médico responsável pelo tratamento.
Desde 2010, o Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP acompanha crianças, pré-adolescentes e adolescentes com variação de identidade de gênero. Fake news que circularam, e circulam, pelas redes sociais, de que o HC estaria realizando “cirurgias de transição de gênero” em crianças a partir de quatro anos, já foram analisadas por agências de checagem como a Lupa:
Hospital da USP não realiza cirurgia de mudança de sexo em crianças de 4 anos
